O Pé-de-Meia é um programa criado para ampliar o acesso e promover a permanência de jovens no ensino médio público, direcionando incentivos financeiros a estudantes de baixa renda. Implementado a partir da Lei nº 14.818/2024 e regulamentado pelo Ministério da Educação, é uma resposta concreta para estimular a conclusão escolar nesse segmento.
A ação se baseia em pagamentos mensais e incentivos vinculados à frequência e conclusão, buscando contribuir para avanços sociais por meio da educação.
Ainda que a motivação central gire em torno do combate à evasão escolar, muitos jovens e famílias querem entender o motivo pelo qual parte do valor acumulado só pode ser sacado após finalizar o ensino médio. Entender essa dinâmica é fundamental para aproveitar ao máximo os benefícios do programa e planejar o futuro acadêmico.
Como funciona o programa Pé-de-Meia?
O Pé-de-Meia destina-se a estudantes matriculados na rede pública do ensino médio regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O programa trabalha com um sistema de incentivos financeiros distribuídos ao longo dos anos escolares, começando com depósitos mensais em conta poupança vinculada ao estudante.
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Esse mecanismo visa estimular a permanência, já que o recebimento dos valores mensais está condicionado à matrícula ativa e à frequência escolar regular.
Além dos pagamentos periódicos, o Pé-de-Meia prevê incentivos específicos para quem avança e conclui as etapas do ensino médio ou participa do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O objetivo principal é fomentar a continuidade nos estudos e, consequentemente, criar oportunidades de mobilidade social pela educação.

Benefícios financeiros e calendário de pagamentos
O incentivo financeiro está estruturado em parcelas mensais de valores que variam conforme o tipo de ensino (regular ou EJA) e de acordo com a série cursada.
Por exemplo, para estudantes do ensino médio regular, o valor mensal em 2025 é de R$ 200 distribuídos em dez parcelas ao longo do ano. Já os estudantes da EJA recebem valores um pouco maiores em algumas parcelas, acompanhando as diferentes dinâmicas dessa modalidade.
Quem pode receber os benefícios do Pé-de-Meia?
O público-alvo do Pé-de-Meia são estudantes regularmente matriculados no ensino médio público, incluindo as diversas modalidades adotadas pelas redes estaduais. Além da matrícula ativa, é fundamental manter frequência mínima nas aulas e estar com os dados devidamente atualizados pelas redes de ensino, pois qualquer inconsistência pode impedir ou atrasar os repasses.
Em 2025, com a publicação da Portaria nº 470/2025, estudantes da 4ª série do ensino médio também passaram a ser abrangidos, ampliando as possibilidades de acesso ao incentivo financeiro e potencializando seus impactos positivos à educação básica.
Pé-de-Meia: saque dos valores acumulados só após a conclusão do ensino médio
Um ponto que gera dúvidas entre participantes é o fato de parte do dinheiro acumular-se na conta poupança e não ser liberado imediatamente.
O programa estipula que os valores de incentivo à conclusão, geralmente de R$ 1.000 por ano, só poderão ser retirados depois que o estudante finalizar o ensino médio, independentemente de os recursos já constarem na poupança ou de terem rendimento no Tesouro Selic.
Essa regra foi implementada como forma de impulsionar a permanência do aluno na escola. Ao condicionar o saque total do benefício à conclusão do ensino médio, o programa fortalece o compromisso com o término dos estudos, contribuindo para reduzir índices de evasão e apoiar o desenvolvimento educacional.
Valores referentes à frequência, matrícula e participação no ENEM também seguem critérios semelhantes, reforçando a importância do resultado acadêmico como base para o recebimento integral dos incentivos.
Como é feito o acompanhamento e atualização dos dados?
O acompanhamento para pagamento do incentivo é realizado por meio das informações fornecidas pelas redes estaduais, municipais e do Distrito Federal. Cabe às escolas e secretarias de ensino manterem os dados atualizados e corrigirem possíveis inconsistências junto à Secretaria de Educação Básica do MEC, conforme orientações da portaria que regulamenta o programa.
Quando identificadas divergências, as redes devem comunicar ao MEC, justificando as correções e aguardando o processamento das atualizações, o que é fundamental para assegurar o acesso dos estudantes aos depósitos. O acompanhamento inclui, ainda, etapas específicas para verificar a conclusão do ensino médio e a participação em avaliações como o ENEM.









